12 de novembro de 2010

Resultado final das eleições 2010 em Balsa Nova

Domingo retrasado comemoramos juntos em Balsa Nova a vitória de Dilma Rousseff. Após tantas reuniões com a diretoria para mantermos uma agenda atualizada que levasse em conta panfletagens e conversas com eleitores indecisos, telefonemas e e-mails para colegas etc., e que também apresentasse as dificuldades que encontraríamos no caminho (questões logísticas e estruturais), agora temos certeza que o resultado final nos encheu de motivação para nosso planejamento municipal, visando às eleições de 2012.

Dilma ganhou nos dois turnos em Balsa Nova. No 1° turno a vantagem sobre Serra foi de mais de 800 votos e no 2° turno a vantagem foi de 670 votos. Entendemos que não houve uma diminuição nos votos de Dilma, mas certa divisão nos eleitores de Marina Silva no 1° turno – algo em torno de 60 % para Serra e 40% para Dilma.

Embora mantivéssemos uma agenda política desde o 1° turno, o que contribuiu para o bom desempenho nas urnas dos candidatos petistas que decidimos apoiar, tais como: Dr. Rosinha e Tadeu Veneri; assim como a expressiva votação de Gleisi Hoffman no município – superior a de Roberto Requião, apoiado pelo prefeito de Balsa Nova -, intensificamos essa agenda no 2° turno.

Contudo, a maneira que conduzimos essa agenda foi mais pessoal: paramos para conversar com os eleitores que ouviram que a Dilma era a favor disso e contra aquilo. Com cada eleitor a abordagem foi específica: discutiram-se questões relacionadas à esfera privada, como religião, questões macro-éticas, como economia, enfim, foi um processo árduo de convencimento eleitoral.

A vitória de Dilma na Região Metropolitana não foi regra e nem exceção: ganhou em alguns municípios, perdeu em outros. Se em nossa vizinha Araucária Dilma venceu, em Campo Largo ela perdeu. E perdeu após ter vencido no 1° turno, o que mostra que os eleitores de Marina em Campo Largo penderam em ampla maioria para o lado de Serra no 2°.

Como dito anteriormente, tínhamos uma agenda limitada por questões estruturais e logísticas. No entanto, ao analisarmos o bom desempenho de Dilma em redutos onde concentramos esforços podemos – não fora de tempo – ter a certeza de que, embora ainda pesem contra a boa política a maneira desonesta como alguns norteiam esse processo no município, no dia da eleição o que faz a diferença é o voto secreto do eleitor e este é soberano.

Ademais, muitas vezes ele leva em consideração aquele que, ao invés de bater em sua casa e oferecer algum tipo de beneficio, se propõe a discutir um plano que vá além de uma solução paliativa, mas que desperte nele uma reflexão, que coloque ele como agente de um processo político e totalmente responsável pelo que virá.

A expressiva vitória de Dilma em Balsa Nova deu-se, principalmente, em dois bairros: Nova Serrinha e São Caetano. Nos demais em alguns ela ganhou com pequena vantagem e em outros ela perdeu.

Creditarmos essa vitória municipal somente ao comprometimento do Partido dos Trabalhadores na campanha seria arrogância; nos eximirmos totalmente desse resultado, um desconhecimento da ciência política.

Ao término das eleições saímos do processo um pouco mais conhecedores de nós mesmos: limitações, inquietações, insatisfações, todavia, que tenha ficado claro para todos os membros desse partido: sem trabalho não há sequer a possibilidade da vitória.



Eduardo Antonio Ramos Silva
Presidente do Partido dos Trabalhadores – Diretório Balsa Nova