Um dos desafios dos candidatos que disputam as eleições municipais em Cascavel, no Oeste, será entender o comportamento do eleitor local. Pelo menos é a tese defendida pelo sociólogo e filósofo Nilson Rosa de Faria.
“Cascavel é uma cidade atípica. No início da década de 1980 ela tinha
um perfil, nos anos 90 ganhou um perfil diferente e a partir de 1996,
quando começaram a ser instaladas as primeiras faculdades – com exceção
da Unioeste que é anterior – houve um boom e hoje nós temos 15 mil
estudantes entrando e saindo da cidade todos os dias”, explica.
O sociólogo afirma que atualmente o candidato tentar angariar votos
oferecendo dinheiro pode ser um tiro no pé. “Há três ou quatro eleições
atrás a compra de votos era algo bem tranquilo. Você podia jogar na
compra de voto que você ganhava. Hoje é duvidoso porque houve um
processo de escolarização, aquilo que a gente chama de formação
bancária, ou seja, de banco escolar. Essa pessoa pode até pegar o
dinheiro, mas vai votar contra”, declara.
Outro ponto que precisa
ser observado pelos candidatos, segundo Faria, é o eleitorado jovem. “A
galerinha teen muda a cada dez anos. Eu estou no meio deles e vejo
isso. Há dez anos o problema do jovem era sexual, beber e estar em
outra. Hoje não, o jovem está ligado em espiritualidade, vida sadia e em
planejar alguma coisa. O candidato tem que estar atento”, observa.
O professor de sociologia diz ainda que o eleitor não está se
manifestando publicamente como antes. “Hoje ele está omitindo o voto.
Ficou muito mais subjetivo para o candidato”, afirma
Fonte: Gazeta do Povo.
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